Últimos 5
1 – Carta ao Pai (Franz Kafka): Muito bom, terminei de ler vendo o jogo do Brasil. O livro tava mais interessante. Carta de um filho muito puto com seu pai aos 36 anos. E ele acabou nunca enviando a carta. Seriously? Get a life. Ou melhor, no caso dele, get a wife. Enfim, é por dessa situação pessoal tosca que Franzinho consegue fazer um livro do caralho. Para relembrar todos os defeitos e esquisitices que você deve à fuleragem dos seus pais.
2 – O tigre branco (Aravind Adiga): Ganhador do Prêmio Booker em 2008, tipo um Oscar inglês da literatura. Narrador pobre escroto que sobe na vida após matar e roubar o chefe. Narração interessante, mas, não sei, eu tenho alguns receios com literatura sujinha de denúncia política e social. Ainda assim, pelo humor e pela ironia do narrador, vale a pena.
3 – Ciências Morais (Martín Kohan): Sexta-feira imprensada, liberado do trabalho, li nas paradas da minha caminhada pela 13 de Julho, Riomar, etc. Mais um exemplo de livros que usam a escola como metáfora para a nação. Narração focada numa inspetora do Colégio Nacional de Buenos Aires durante a Guerra das Malvinas. Tinha tudo pra ser um livrinho manjado, mas o cara conseguiu fazer uma coisa bem interessante. Joga muito bem com silêncios e consegue deixar o leitor interessado com o mínimo de ação.
4 – O casamento (Nelson Rodrigues): Why, lord why? Okey, eu gosto de putaria e gosto de ler putaria. Mas, mesmo o livro sendo muito bom, será que esse cara não poderia ter sido um pouco menos doentio? Nem todo mundo precisa deflorar virgens na frente de outros pra ter prazer. Sem falar do enredo, dou logo a moral da história: todo mundo é escroto e todo mundo tem problemas sexuais. Ah, foi proibido pela ditadura e depois liberado. Só pra aumentar um pouco mais o fuzuê em torno dele.
5 – Angústia (Graciliano Ramos): Tio Graci, te amo do fundo do meu cruel coração, mas concordo com o que você disse em outro livro seu: dava pra ter cortado pelo menos metade desse livro pra ele ficar melhor. Enfim, pra quem acha que o cara é só sertão, esse é um livro bem psicológico, com ótimos diálogos interiores. Sinceramente, um clássico brasileiro que devia ser mais lido. Mas um clássico que merecia ter tido um editor mais cruel (quer que eu edito?!).
Próximos 5
1 – Invenção e memória (Lygia Fagundes Telles): Li muito tempo atrás o “Antes do Baile Verde” dela, achei esquisito, mas gostei. Tou precisando ler uma mulher esse ano pra preencher a cota, então vamos lá.
2 – O filho da mãe (Bernardo Carvalho): Pode ser uma bichinha chata e metida, mas é um dos melhores brasileiros escrevendo atualmente. Esse é o novo dele.
3 – Todos os fogos o fogo (Julio Cortázar): Não tenho a mínima idéia sobre o que é o livro, mas a curiosidade depois de ter lido “Bestiário” fala mais alto.
4 – Os detetives selvagens (Roberto Bolaño): Adoro esse chileno. É um dos autores quentes do momento, mas o cadáver já frio tem alguns anos. Li algumas coisas muito boas dele (a mais recente, “Amuleto”, bem divertido e louquinho), e agora finalmente me decidi a encarar a chamada obra-prima do cara. Que sempre tem que ser um catatau da porra, quando se trata de escritores. Então, desejem-me sorte.
5 – O quinto eu não sei ainda, então bota na conta do Roberto aí de cima e fica tudo certo.
Sorte do dia:
“A dúvida converte um homem bom em um paranóico delirante.”
1 – Carta ao Pai (Franz Kafka): Muito bom, terminei de ler vendo o jogo do Brasil. O livro tava mais interessante. Carta de um filho muito puto com seu pai aos 36 anos. E ele acabou nunca enviando a carta. Seriously? Get a life. Ou melhor, no caso dele, get a wife. Enfim, é por dessa situação pessoal tosca que Franzinho consegue fazer um livro do caralho. Para relembrar todos os defeitos e esquisitices que você deve à fuleragem dos seus pais.
2 – O tigre branco (Aravind Adiga): Ganhador do Prêmio Booker em 2008, tipo um Oscar inglês da literatura. Narrador pobre escroto que sobe na vida após matar e roubar o chefe. Narração interessante, mas, não sei, eu tenho alguns receios com literatura sujinha de denúncia política e social. Ainda assim, pelo humor e pela ironia do narrador, vale a pena.
3 – Ciências Morais (Martín Kohan): Sexta-feira imprensada, liberado do trabalho, li nas paradas da minha caminhada pela 13 de Julho, Riomar, etc. Mais um exemplo de livros que usam a escola como metáfora para a nação. Narração focada numa inspetora do Colégio Nacional de Buenos Aires durante a Guerra das Malvinas. Tinha tudo pra ser um livrinho manjado, mas o cara conseguiu fazer uma coisa bem interessante. Joga muito bem com silêncios e consegue deixar o leitor interessado com o mínimo de ação.
4 – O casamento (Nelson Rodrigues): Why, lord why? Okey, eu gosto de putaria e gosto de ler putaria. Mas, mesmo o livro sendo muito bom, será que esse cara não poderia ter sido um pouco menos doentio? Nem todo mundo precisa deflorar virgens na frente de outros pra ter prazer. Sem falar do enredo, dou logo a moral da história: todo mundo é escroto e todo mundo tem problemas sexuais. Ah, foi proibido pela ditadura e depois liberado. Só pra aumentar um pouco mais o fuzuê em torno dele.
5 – Angústia (Graciliano Ramos): Tio Graci, te amo do fundo do meu cruel coração, mas concordo com o que você disse em outro livro seu: dava pra ter cortado pelo menos metade desse livro pra ele ficar melhor. Enfim, pra quem acha que o cara é só sertão, esse é um livro bem psicológico, com ótimos diálogos interiores. Sinceramente, um clássico brasileiro que devia ser mais lido. Mas um clássico que merecia ter tido um editor mais cruel (quer que eu edito?!).
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1 – Invenção e memória (Lygia Fagundes Telles): Li muito tempo atrás o “Antes do Baile Verde” dela, achei esquisito, mas gostei. Tou precisando ler uma mulher esse ano pra preencher a cota, então vamos lá.
2 – O filho da mãe (Bernardo Carvalho): Pode ser uma bichinha chata e metida, mas é um dos melhores brasileiros escrevendo atualmente. Esse é o novo dele.
3 – Todos os fogos o fogo (Julio Cortázar): Não tenho a mínima idéia sobre o que é o livro, mas a curiosidade depois de ter lido “Bestiário” fala mais alto.
4 – Os detetives selvagens (Roberto Bolaño): Adoro esse chileno. É um dos autores quentes do momento, mas o cadáver já frio tem alguns anos. Li algumas coisas muito boas dele (a mais recente, “Amuleto”, bem divertido e louquinho), e agora finalmente me decidi a encarar a chamada obra-prima do cara. Que sempre tem que ser um catatau da porra, quando se trata de escritores. Então, desejem-me sorte.
5 – O quinto eu não sei ainda, então bota na conta do Roberto aí de cima e fica tudo certo.
Sorte do dia:
“A dúvida converte um homem bom em um paranóico delirante.”
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