Saturday, July 09, 2005

A fada dos dentes, onde está?

And from the darkness, someone rises:

E se eu tomasse em meus braços esse mundo e o moldasse à minha vontade, ele não seria nem menos injusto nem mais justo, pois minhas mãos são inúteis para refazer aquilo que já está dado, e nada pode ser refeito sem que eu seja refeito, sem que o ato de refazer seja refeito, sem que você seja refeito, sem que o mundo a ser refeito seja refeito. E eu sou continuamente o mesmo.

Será essa a prisão a que estou condenando? Estarei no corredor na morte ou serão essas grades mais uma alucinação? Será essa minha traição ou será que me estão traindo? Onde está o ponto seguro que há pouco me disse:
- Lá está o Norte.

E sempre irei abstinadamente, como um frei herege que não quer se desgarrar de sua fé, acreditar na ilusão (barreira da minha sempre almejada meta) de que um dia, quem sabe um dia, irá levantar-se sem medo um sol que irá expulsar-me todo remorso, temor e amargura. Irá erguer-se um gigante para esmagar todo meu ciúme (do que não tenho), toda minha inveja (que me corrói como ferro velho) e toda minha insensatez (que me leva palavras às mãos que nunca imaginei nas minhas digitais). Acredito no novo como um menino espera que venha a fada dos dentes para passar sua dor.

And to the darkness I walk, without fear, but I regret so many things.

2 comments:

Anonymous said...

."?!

Anonymous said...

Acreditar
Acontecer
Realizar
Retroceder...

Passagem